Uma pilha nunca usada, tamanho D .

Pilhas ao longo do tempo perdem sua carga pois os elementos químicos que fazem parte de sua composição vão se alterando até que não mais permitem a passagem de corrente elétrica. Muitas acabam apresentando vazamento e seu teor ácido as tornam perigosas para o contato humano.
Mudei-me de residência a quase seis anos e encontrei uma pilha tamanho grande numa caixa velha de objetos que vieram com a mudança, e curiosamente em excelente estado. Quando morava no outro apartamento tinha um aquecedor a gás que ao passar água acionava um pequeno contato com o circuito movido à pilha que por sua vez gerava faíscas até acender as chamas de suas bocas. Todas as vezes que a pilha ficava fraca precisava ser trocada por uma nova. Assim eu tinha sempre alguma pilha de reserva. Onde moro agora o aquecedor não usa pilhas mas sim é ligado diretamente na eletricidade: resultado disso é que se falta energia elétrica não tem como trocar por uma outra e ficamos tomando banho de água fria. Aliás, interessante esse termo "banho de água fria", significando algum tipo de decepção, desânimo com uma situação para a qual se estava "aquecido" e no desenrolar dos acontecimentos acaba-se "esfriando". Quando trabalhava na operação da rede internet, vez ou outra precisava do auxilio da Engenharia de Redes. Em certa ocasião estava bem difícil o contato remoto e precisei ir pessoalmente à sede para tratar com esses colegas de empresa. Lá chegando identificamos quem conhecia bem do problema, mas este não parava de falar ao celular mesmo vendo que tínhamos certa urgência de nos falarmos. Ocorre que nem bem o fulano desligava uma ligação já entrava outra e continuava não nos dando a devida atenção. Foi quando outro colega pegou seu celular e começou a teclar. Minuto depois presenciei o fato hilário: esse outro colega havia ligado para o fulano que não saia do celular e quando esse atendeu ordenou-lhe que desligasse o aparelho, nos pedisse desculpas e deu-lhe a maior bronca que já havia ouvido saindo de sua boca!