Um pedaço de cartão de crédito

Venho de um tempo em que não existiam cartões magnéticos para usos bancários. Certamente seu uso atualmente se deve às facilidades de comunicação trazidas pela rede telefônica, os celulares e a internet. Esses cartões são emitidos com uma validade cada vez maior. Contudo chega o momento no qual precisam ser substituídos por um outro com novo prazo para utilização. Nesses casos o recomendado é que se destrua o cartão antigo, o que faço cortando em pedaços quase do tamanho de uma palheta para tocar violão, pois acabo utilizando para essa finalidade. Pode não ser o ideal, mas acaba sendo mais útil que ir direto para o lixo, prolongando desta forma seu inevitável destino. Pelo menos quando picado tem alguma utilidade, diferentemente do papel moeda que aos pedaços não serve para mais nada a não ser como prova de um crime...sim, pois rasgar dinheiro é crime ! Sempre dizem que o dinheiro não traz felicidade, manda buscá-la ! Por outro lado a perda de bens materiais é uma grande prova do quanto apegado alguém era a tais coisas. Conta-se que uma senhora muito simples, desde que se tornou mãe começou a guardar a quantia que conseguisse poupar, juntando dinheiro vivo numa grande caixa escondida onde ninguém sabia. Quando já tinha uma boa soma, um incêndio consumiu toda sua fortuna. Perguntada por um repórter como ela se sentia ao ter perdido propriamente um pedaço de sua vida, representado por tudo a que abdicara de prazeres para economizar, a senhora surpreendeu afirmando: "Cada sacrifício que fiz e resultou nessas economias materiais que agora se perderam, representou para mim uma quantia de graças acumuladas lá no céu, e estas nada nem ninguém poderá destruir!"

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